Instalar piscas LED na mota
Utilizando uma Kawasaki Z 750 como exemplo, mostramos como pode instalar piscas LED com resistências. Ainda não tem os piscas certos para a sua mota? Aqui, ajudamo-lo a fazer a escolha certa.
Atenção: para efetuar a instalação por si próprio, precisa de ter conhecimentos básicos sobre o sistema elétrico dos automóveis. Se tiver dúvidas nesta área ou a sua mota tiver um sistema eletrónico complexa, deve deixar a instalação a cargo de uma oficina especializada. Se o seu veículo ainda estiver dentro da garantia, consulte primeiro o seu concessionário para saber se a conversão pode invalidar a mesma.
- Montar piscas LED — como fazer
- 01 — Desmontar a carenagem do cockpit
- 02 — Desmontar os pisca originais
- 03 — Ligar o cabo adaptador ao cabo do pisca
- 04 — Retirar a carenagem traseira e desmontar os piscas
- 05 — Montar piscas novos
- 06 — Instalar resistências de potência
- Se comprar resistências na Louis
- 07 — Fixar resistências
- 08 — Montar a carenagem traseira
- 09 — Montar a carenagem do cockpit
- Perfeitos para a mota: díodos emissores de luz (LED)
- Comprar piscas
- Requisitos técnicos
- Relé do pisca ou resistências?
- A nossa recomendação
Os piscas LED que utilizamos têm uma forma curva, razão pela qual existe um modelo para a dianteira esquerda e para a traseira direita, bem como para a dianteira direita e para a traseira esquerda.
Infelizmente, os piscas originais deixam buracos grandes e inestéticos quando são removidos, através dos quais quase se pode atirar os minipiscas novos. As coberturas da ótica da luz de pisca são uma solução. Embora estas coberturas não estejam disponíveis especificamente para a Z 750, são fáceis de adaptar. Se não encontrar nada adequado para a sua mota, também pode fazer as suas próprias "anilhas" em alumínio, plástico ou chapa.
No nosso exemplo, podemos utilizar cabos adaptadores pré-montados, que estão disponíveis na gama Louis para muitos modelos diferentes. Facilitam bastante a ligação dos piscas novos, uma vez que se encaixam diretamente nos conectores compactos do conjunto de cabos do veículo. Os outros conectores adaptam-se às resistências ou aos piscas sem qualquer modificação. Se não conseguir trabalhar com cabos adaptadores, siga as instruções do passo 4.

Material necessário para o nosso exemplo: 4 piscas LED, 2 resistências, 4 cabos adaptadores, 4 coberturas da base
Montar piscas LED — como fazer

Passo 1: Desmontar a carenagem do cockpit
01 — Desmontar a carenagem do cockpit
- Como em todos os trabalhos no sistema elétrico do veículo, desligue primeiro o cabo negativo da bateria para evitar curtos-circuitos.
- Para substituir os piscas dianteiros, retire a carenagem dianteira e coloque-a num local seguro (coloque um pano/cobertura por baixo).

Passo 2: As coberturas da base poupam os retoques
02 — Desmontar os pisca originais
Agora, pode desmontar os piscas originais e aparafusar os piscas novos, incluindo as coberturas da base. Ao apertar, lembre-se de que não se trata de um pernos roscado da roda de um camião…
Normalmente, os minipiscas têm uma rosca fina M10 x 1,25 (as porcas normais têm M10 x 1,5). Por isso, se uma porca tiver desaparecido para debaixo da bancada de trabalho e não conseguir encontrá-la, terá de encomendar uma nova para a substituir.

Passo 3, Fig. 1: O conjunto de cabos permanece intacto graças ao cabo adaptador
03 — Ligar o cabo adaptador ao cabo do pisca
A seguir, ligue o cabo adaptador ao cabo do pisca. Os piscas LED só funcionam se a polaridade estiver ligada corretamente. Uma vez que os fabricantes de veículos não utilizam cores de cabos uniformes, um esquema de conexões (se disponível) pode ajudar a localizar o cabo positivo ou negativo.
Proceda da mesma forma no outro lado, e já pode voltar a montar a carenagem. Os parafusos Philips prendem-se todos em roscas de plástico. Por isso, não exerça uma força excessiva!

Passo 3, Fig. 2: Alicate multifunções para conectores japoneses sem marcações de cor
Se não for possível trabalhar com cabos adaptadores, é importante estabelecer uma ligação por cabo segura e duradoura.
Nota: uma solução é soldar os cabos e depois isolá-los com mangueiras retráteis; a outra é cravar os terminais de cabos. Neste caso, deve utilizar os chamados "conectores japoneses", para os quais é necessário um alicate especial para terminais de cabos. Ambos estão também disponíveis em conjunto no nosso kit profissional. Existem também alicates para terminais de cabos que só são adequados para terminais de cabos isolados, mas NÃO para conectores japoneses. Pode ser identificado por um ponto vermelho, azul e amarelo na ponta do alicate. Pode saber mais sobre como ligar cabos nas nossas Dicas para mecânicos amadores "Ligações de cabos".

Passo 4: Retirar a carenagem traseira e desmontar os piscas
04 — Retirar a carenagem traseira e desmontar os piscas
Para montar os piscas traseiros e as resistências de potência, deve retirar o assento e desaparafusar a carenagem traseira. Retire cuidadosamente a peça de plástico cara e sensível.
05 — Montar piscas novos
Seguindo o mesmo procedimento dos piscas dianteiros, desmonte agora os piscas traseiros e instale os minipiscas novos com as coberturas da base. Coloque os cabos de acordo com a instalação original.

Passo 6, Fig. 1: Ligar a resistência na parte traseira
06 — Instalar resistências de potência
Agora, monte as resistências nos piscas traseiros. Por favor, NÃO as instale em série, mas sim em paralelo, para garantir a frequência de intermitência correta. Se comprar resistências na Louis, estas já vêm pré-cabladas em paralelo (ver gráfico abaixo).
Visto que as resistências não têm polaridade, a posição de instalação não é importante. Os terminais de cabos existentes nas resistências da gama Louis facilitam a instalação.

Passo 6, Fig. 2: Visão geral da cablagem correta: pisca, resistência de potência, cabo adaptador

Passo 7: Se comprar resistências na Louis, estas já vêm pré-cabladas em paralelo
Se comprar resistências na Louis
1 = R
| a = Fusível b = Relé dos piscas c = Interruptor dos piscas d = Piscas (lâmpada incandescente) e = Resistência f = Cabo de massa g = Fonte de corrente/bateria |

Passo 7, Fig. 1: Resistências montadas debaixo do assento
07 — Fixar resistências
As resistências podem aquecer mais de 100 °C durante o funcionamento (piscar durante muito tempo ou ligar as luzes de perigo em caso de avaria) e, por isso, precisam de ar de refrigeração. Não devem ser completamente fechadas e não devem ser montadas diretamente em superfícies de plástico. Por isso, pode ser vantajoso fazer uma pequena placa de montagem em chapa de alumínio e colocá-la no veículo.
Para a Z 750, A placa de metal à direita da unidade de controlo provou ser um bom local de instalação. Fixámos aí a resistência do circuito do pisca direito com parafusos e porcas de 3 mm. Montámos a resistência para o circuito do pisca esquerdo à esquerda da unidade de controlo. Neste lado, no entanto, não se pode aparafusar a resistência diretamente na placa metálica visível, uma vez que existe outra unidade de controlo sob a placa que pode ser danificada. Por isso, aparafusámos a resistência a uma chapa e empurrámos tudo para baixo da caixa preta.

Passo 7, Fig. 2: O termómetro de infravermelhos indica 79 °C apenas após alguns minutos
Depois de cablar e ligar (sem esquecer o cabo de ligação à massa da bateria), pode testar os piscas. Monitorizámos a temperatura das resistências com um termómetro de infravermelhos. Após alguns minutos, a temperatura já está quase nos 80 °C.
Nunca cole as resistências na carenagem com fita adesiva de dupla face, por exemplo. Para além de não se aguentar, pode causar danos! Se estiver tudo a funcionar, pode voltar a montar a carenagem traseira. E já está!
08 — Montar a carenagem traseira
Depois de fixar os piscas e "arrumar" bem as resistências de potência, volte a montar a carenagem traseira e coloque o assento na sua posição original.

Passo 9: Montar a carenagem do cockpit
09 — Montar a carenagem do cockpit
Faça o mesmo com a carenagem do cockpit. Monte-a novamente.
Perfeitos para a mota: díodos emissores de luz (LED)
A moderna tecnologia LED (Light Emitting Diodes) abriu possibilidades completamente novas para o design de piscas. O baixo consumo de energia reduz a carga sobre o sistema elétrico de bordo, os cabos com secções transversais pequenas poupam custos e peso, a elevada luminosidade permite criar modelos minúsculos e variados, e a longa vida útil da fonte de luz elimina a necessidade de uma substituição cansativa. As pequenas caixas são um verdadeiro trunfo, especialmente nas motas de duas rodas. Em comparação com os atuais minipiscas LED homologados para a estrada, um pisca tradicional com "lâmpada" parece uma concha de sopa.
Por isso, não é de admirar que muitos motociclistas estejam agora a converter-se aos piscas LED elegantes quando, confrontados com a necessidade de substituir um pisca original, ficam chocados com o preço da peça sobressalente original do concessionário.
Em princípio, qualquer mota que tenha uma rede de bordo de 12 V CC pode ser equipada com piscas LED.

Importante: utilizar apenas piscas com a marca de homologação E
Comprar piscas
Quando comprar piscas, é essencial confirmar que as óticas têm a marca de homologação E. Todos os piscas da gama Louis têm marcas de homologação E válidas. Os piscas homologados para a "dianteira" podem ser reconhecidos pelo número de identificação 1, 1a, 1b ou 11, enquanto os piscas homologados para a "traseira" podem ser reconhecidos pelo número de identificação 2, 2a, 2b ou 12. Muitos piscas da gama Louis têm homologação tanto para a dianteira como para a traseira, ou seja, têm dois números de identificação. Os piscas na extremidade do guiador com marca E só podem ser utilizados como piscas dianteiros e têm de ser complementados com piscas traseiros. Se a sua mota tiver piscas com braços de apoio de diferentes comprimentos, considere o seguinte: de acordo com os regulamentos da CE, os piscas têm de estar separados pelo menos 240 mm à frente e 180 mm atrás.
Requisitos técnicos
Os LED têm uma potência (consumo de energia) consideravelmente mais baixa do que as lâmpadas incandescentes convencionais. Se a lâmpada incandescente de um pisca fundir na mota, o pisca restante passa a ter ciclos demasiado rápidos. Provavelmente, já passou por esta situação (já agora: legalmente, a frequência de intermitência autorizada é de 90 ciclos/minuto, com uma tolerância de mais/menos 30). Com efeito, falta agora metade da "carga" do relé do pisca, impedindo-o de funcionar a um ciclo normal. Este fenómeno é agravado se, por exemplo, substituir dois piscas padrão de 21 W de cada lado por dois piscas LED de 1,5 W. Agora, o relé do pisca original recebe uma carga de apenas 3 W (2 x 1,5) em vez de 42 W (2 x 21), o que normalmente não funciona.
Este problema pode ser resolvido de duas maneiras: instalar um relé de pisca LED especial que seja independente da carga, ou "enganar" o relé de pisca original, inserindo resistências elétricas para obter a potência correta.
Relé do pisca ou resistências?

Vital para o relé: polaridade correta
A substituição do relé é a opção mais simples, mas só é possível nas seguintes condições:
- Duas luzes indicadoras separadas para os piscas esquerdos/direitos e não uma só luz comum no cockpit
- A mota não pode ter sinais sonoros dos piscas nem luzes de perigo
- O relé original não deve estar integrado numa unidade combinada (reconhecível por mais de três saídas de cabo)
Se estes três requisitos forem preenchidos, pode utilizar o nosso relé universal de baixo custo para piscas LED. O relé universal Kellermann, um pouco mais caro, é compatível com a maior parte das luzes de perigo, sinais sonoros dos piscas ou apenas uma luz de controlo (pontos 1 e 2).
Se a sua mota não cumprir os pontos 2 e 3, oferecemos-lhe alguns relés específicos do fabricante que se encaixam no conector/ranhura original do veículo por Plug & Play. Infelizmente, não conseguimos especificar o relé necessário para um modelo específico. Por isso, pesquise por "Relé para piscas LED" no nosso site para ver os relés disponíveis e compará-los com a sua peça original. Para os modelos Suzuki, por exemplo, também podemos oferecer a unidade de relé combinada com 7 contactos.
Relé
É essencial respeitar a polaridade correta do relé, pois uma ligação incorreta destrui imediatamente o sistema eletrónico do relé e invalida qualquer garantia do fabricante. Mesmo que a disposição das ligações corresponda à do relé original, a polaridade pode ser diferente. Verifique sempre previamente a polaridade utilizando uma lâmpada de teste LED (não se esqueça de seguir as instruções de montagem do relé do pisca).
Se os conectores não se encaixarem, pode facilmente fazer cabos adaptadores para não ter de cortar o conector original do conjunto de cabos.
Muitas motas novas já não têm relés do pisca porque já estão integrados na unidade central do sistema eletrónico. Neste caso, só pode trabalhar com resistências.
Resistências
Se não conseguir controlar os seus novos piscas LED através dos relés acima mencionados, terá de utilizar resistências de potência para ajustar a frequência do pisca (mantendo o relé original). Se tiverem o relé original, quase todos os piscas LED da nossa gama funcionam com a resistência de potência de 6,8 ohms.
Nota: se substituir o relé, não precisa de montar as resistências.
A nossa recomendação
O Centro Técnico Louis
Se tiver alguma questão técnica sobre o seu motociclo, contacte o nosso centro técnico. Possuímos experiência, referências e endereços sem fim.
Tenha em atenção o seguinte!
As dicas de montagem são procedimentos gerais que podem não se aplicar a todos os veículos ou a todos os componentes individuais. As respetivas condições no local podem diferir consideravelmente em determinadas circunstâncias, pelo que não podemos garantir a exatidão das informações dadas nas dicas de montagem.
Agradecemos a sua compreensão.